In Line
“Ande bastante de skate e a humildade em primeiro lugar”
domingo, 4 de setembro de 2011
Pista Primavera'
Está é a famosa pista do primavera!
Mais de uns tempos para frente a situação dela vem de mal a pior, como ela é uma pista muito usada por skatistas, patinadores e bicicleteiros o seu desgaste é uma consequência.
Mais essa 'CONSEQUÊNCIA' nunca é vista pelos nossos governantes, Araxá já tem poucas pistas, mais não é só por isso que temos que deixar elas de lado'
Estamos aqui Hoje para fazer um protesto para nossos vereadores e para o prefeito' (Depois reclamam por que andamos na rua, mais não pensam em nosso lado também)
Vamos fazer um baixo assinado para entregar nas mãos do perfeito Jeová', Mais vamos tomar essa atitude so que vocês skatistas de araxá apoiarem nós nessa ideia.
Vamos deixar na parte direita do blog uma votação, votem mostrando o que vocês acham de nossa iniciativa'
terça-feira, 17 de maio de 2011
Uma História De Luta.
Philippe 'Mosquito'
Philippe Bruno Collenghi (Mosquito) 19 anos, nascido em 28/05/1991 na cidade de Uberaba MG, 8 anos no skate e hoje em dia disputa na categoria amador 2.
Philippe nasceu em Uberaba, com 6 meses de idade se mudou para Araxá. Mosquito andava de patinete , mas tinha vários amigos que andavam de skate na rua de cima de sua casa, que eram: Marco Antônio, Bocão, Allan, Dida, Custela e Sorongo. E um certo dia, a 8 anos, ele pediu para experimentar andar e depois de um role afirmou:” Gostei do esporte, porque era e é uma coisa muito diferente no Brasil que é o país do futebol e do vôlei! mas o skate é muito diferente, é e sempre foi muito desafiante pra mim, e eu gosto de desafios...”
1°Skate, como foi:
Mosquito afirma que seu 1° skate foi muito difícil de conseguir, pois teve que juntar a grana que seus pai le dava para comprar lanche na escola; E com 5 dias conseguiu juntar 10 reais, e como sabia que um skate era muito caro e que seu pai não iria comprar por causa do valor, pegou um carrinho de picolé na manhã de domingo, e naquele dia lucrou 9 reais, e com os 10 reais já juntados e com mais 9 reais do duro dia de trabalho mosquito compro um shape usado da Drop Dead uns truk tubarão (sem marca) e rodinhas Snoway e Biller!
Hoje:
Hoje em dia Philippe voltou para Uberaba, mais é claro que ele tem saudades de nossa conhecida e linda Araxá.
E com isso Fizemos uma pergunta:
Mosquito você tem vontade de voltar para Araxá:
Ás vezes sim e ás vezes não... gosto de Araxá porque meu pai, minha mãe e minhas irmãs moram aí e gosto das amizades verdadeiras daí... aqui em Uberaba dá pra contar nos dedos... mas ás vezes não quero mais voltar para Araxá; Porque ai eu nunca tive nenhum apoio da principal loja de skate da cidade, os únicos que acreditaram em mim e me deram apoio aí foram Eduardo da’ Savana Aventuras’ e Fernando da ‘Célia modas’ (sou eternamente grato) mas esse apoio que eu tinha aí não era suficiente e quando eu me mudei para Uberaba foi e está sendo uma evolução muito constante... Bênçãos atrás de mais bênçãos... Meu apoio da ‘Overall Board Shop’, a independência financeira total, a responsabilidade que eu adquiri aqui, as manobras novas e melhores!; ganhei um estilo de andar de skate ( que não tinha antes), os troféus de campeonatos de fora, minha 1ª moto e várias outras coisas...’
Aqui Fica Uma Mensagem de Philippe Bruno Collenghi, para todos os amigos, familiares e skatistas de Araxá:
'Um abraço e muito obrigado á Deus, Amarildo, Eliana, Babi, Thayná, Erika, Antonieta, Pato, Gregory, Germano, Lacraia, Iago, Antenor, Tarcisio, Rymer, Rafael Hagi, Patrick, Gabriel Geleia, Lippeboy, Buiú, Arthur Cebola, Léozinho, J. Vitor Insônia, Marco antônio, Carlos Bocão, Igor Alexandre, Filipe Bolacha, Dudu Nollie, TOI, Alê Overall e todos os inúmeros outros que eu não escrevi aqui mas tá no Coração, valeu pela paciência e pelo apoio que vocês me proporcionam... Ainda não sou nada nem ninguém mas se um dia eu for juro que nunca vou esquecer de onde eu saí!
valeu :)'
Manobras preferidas
- Flip
- 360º Flip
- BS Croocked
- Nollie Inward Heelflip
- Double Flip
- Triple Flip
- FS Flip
- Flip FS Rocks
Frase Que Mosquito leva para a vida: 'Cada célula que se move no meu corpo, cada neurônio que trabalha e todas as ações em minha vida foram e são em para o skate, eu VIVO POR ELE E NÃO VIVERIA SEM ELE!' 'Philippe Bruno Collenghi "Mosquito"'
Fiquem agora com esse vídeo exclusivo:
Equipe In Line.
segunda-feira, 16 de maio de 2011
A historia de um skatista anônimo
Confira Aqui: DOG TOWN particular do Osvaldera
A Dog Town particular de Osvaldo Ziober, filho de família católica, sua única certeza era a missa aos domingos, ele era coroinha do querido padre Bruno, figura tradicional do Tremembé, São Paulo. Ao fim de todas as missas ele corria para a banca de jornal e ficava viajando nas capas das revistas de aviões e navios, era mágico.
Clube dos oficiais em 1987, Alexandre Ribeiro, Osvaldo e Mauricio (R.I.P.)
Fim de década de 70, entre 79/80, naquela época em particular uma foto irias mudar seu rumo de sua minha vida, o nome da revista: Visual Esportivo na capa, uma foto de surf no Havaí (uma cavada em Sunset), outra de BMX, uma de Wind Surf e outra de Vôo Livre, imediatamente investiram os seus cruzeiros da mesada de garoto classe média da zona norte, correu para casa e começou a devorar a revista.
"Estava deslumbrado, delirando com as imagens, queria fazer todos aqueles esportes, quando, de repente, bem no meio do impresso, entre fotos de surf e ondas havia uma foto especial, um cara mandando um frontside air de uns 30 centímetros para fora de um halfpipe amarelo, feito em fibra de vidro. Entrei em estado de choque! O que era aquilo? Como se chamava esse esporte? Skate, o que é isso? Meu distante sonho de surfar poderia se realizar na rua de casa"?
Da esquerda para a direita - Luis (cunhado do Bob Burnquist e seu irmão) , Osvaldera, Ulisses (irmão do Danielzinho da Life Style), Tarcisio (também irmão do Danielzinho).
"Estava deslumbrado, delirando com as imagens, queria fazer todos aqueles esportes, quando, de repente, bem no meio do impresso, entre fotos de surf e ondas havia uma foto especial, um cara mandando um frontside air de uns 30 centímetros para fora de um halfpipe amarelo, feito em fibra de vidro. Entrei em estado de choque! O que era aquilo? Como se chamava esse esporte? Skate, o que é isso? Meu distante sonho de surfar poderia se realizar na rua de casa"?
Da esquerda para a direita - Luis (cunhado do Bob Burnquist e seu irmão) , Osvaldera, Ulisses (irmão do Danielzinho da Life Style), Tarcisio (também irmão do Danielzinho).
Imediatamente o único desejo de toda a sua vida era andar de skate, ele havia nascido para fazer aquilo, mas nunca havia visto um daqueles de perto, nem sabia onde encontrar, nem como funcionava.
"Comecei a analisar a foto e tentar encontrar uma solução. Foi quando olhei para os eixos do skate e vi que eram muito parecidos com os eixos dos meus patins. Corri para a oficina do meu pai, desmontei um dos patins, serrei um compensado que peguei na construção em forma de prancha, aparafusei os eixos dos patins no compensado e pronto. Eu tinha um skate! Faltava só o toque final, recortei da revista os logotipos dos comerciais da Lightng Bolt, Town and Country e OP, colei com contact em cima do shape e passei vela como se fosse parafina, pronto, perfeito, eu tinha feito meu próprio skate e estava pronto para surfar à rua Antoninho Marmo. Descalço, de shorts e com minha prancha a tira colo dropei a rua, as rodinhas eram de plástico e não deslizavam muito no asfalto choquito, mas foi a melhor sensação que tive na vida até hoje, nunca havia visto um skate, nem imaginava como se andava naquilo, mas lá estava eu descendo a rua em cima de um feito por mim num domingo antes do almoço.
ó tinha um, porém, percebi que quando deitava o corpo para a esquerda o skate virava para a direita, aquilo me deu um nó na cabeça, pensei, será que é assim mesmo? Mais tarde fui descobrir que havia colocado os eixos ao contrario" ·
Depois desse dia ele descobriu que o templo de sua religião não era mais aparóquia São Pedro, e sim a fabrica da Torlay na Barra Funda. E o Deus que tanto procurava se chamava Poliuretano.
Essa é a DOG TOWN particular de Osvaldera TOTAL13!
Depois desse dia ele descobriu que o templo de sua religião não era mais aparóquia São Pedro, e sim a fabrica da Torlay na Barra Funda. E o Deus que tanto procurava se chamava Poliuretano.
Essa é a DOG TOWN particular de Osvaldera TOTAL13!
Materia retirada de: http://www.sk8.com.br
Equipe In Line!
domingo, 15 de maio de 2011
Você Conhece Bem o Paul Rodriguez e o Chris Cole?
Então Veja um Pouco dos 2 maiores skatistas do mundo!!
Paul Rodriguez
Paul Rodriguez nascido em 31 de dezembro de 1984 em Tarzana (California), é um Skatista norte americano!
Pratica Skate desde 1996, seu primeiro skateboard foi Powel Blank, e quem o mais influenciou foi atleta Danny Way, gosta de andar de skate pelas ruas e bairros de Los Angeles com seus amigos, mas prefere mesmo na doca de carregamento do Albertson's. Pior pesadelo em sua vida foi ter machucado punho esquerdo.
Vive atualmente em Long Beach, na Califórnia. Sua característica marcante é o estilo das manobras que manda, sempre com muito "catch", manobras altas e que giram lentamente. Além disso, também é conhecido pela quantidade de manobras de switchstance de alta dificuldade que ele acerta. Seu vídeo mais famoso é o Paul Rodriguez's Forecast. Ganhou os X Gamesde 2004 e 2005 na categoria Street.
Manobras preferidas
Patrocínios
- Silver
- Nike SB
- Plan B(decks e wheels)
- FKD
- Ogio
- Von Zipper
- Nixon
- Mountain Dew
- Industrial
- plan b
- Lerros
- Skema
Chris Cole
Chris Cole (nascido em 10 de março de 1982 em Langhorne, Pennsylvania), é um skatista profissional.
Cole foi um destaque, porque ele era Thrasher Magazine 's Pro Skater of the Year, em 2005. Mr. Cole ganhou Skater of the Year novamente em2009. Notavelmente, ele apareceu no jogo skateboarding Skate e Skate 2. Ele foi capaz de 360 Flip nas escadas de Wallenberg High School. Além disso, em Carlsbad Alta, Chris Cole 360 BS flip no Carlsbad Gap. Sua equipe ganhou três vezes seguida a Thrasher Magazine's King of the Road, ele ganhou também medalha de ouro nos X Games duas vezes em uma linha, bem como outros concursos, incluindo Back to Berg e o Maloof Money Cup. Ele também recebeu o título de "Skater Of The Year " da Transworld Skateboarding. Veio o primeiro lugar n Battle At The Berrics 2. Anteriormente no G-Spot Skate e equipe Snow, ele agora é co-proprietário da Reign Skate Shop.
Empresas patrocinando atualmente ele incluem Zero, DC shoes, Thunder, rodas Spitfire, Mob Grip, e Reign skate shop.
Vídeografia
- 2000 - Bam Margera : CKY2K 2000
- 2001 - Digital 5 2001
- 2001 - 411vm issue 40
- 2001 - Projeto Monkey Business "de uma vida
- 2001 - Thrasher Timebomb
- 2002 - Transworld's In Bloom
- 2002 - Zero's Dying to Live
- 2004 - Thrasher King of The Road
- 2004 - Hot Wax
- 2005 - Thrasher King of The Road
- 2005 - Zero's New Blood
- 2006 - Thrasher King of The Road
- 2006 - Zero Promo vídeo
- 2008 - Hot Wax 2: Shred The Gnar
Destaques da carreira
- 2002 - Transworld's Vídeo Rádio
- 2004 - Chris e Zero equipe vencedora Thrasher King of The Road
- 2004 - Primeiro lugar no Best Trick Street, Tampa Pro (também tomou 4º no Street)
- 2005 - Ouro no Gravity Games, Street
- 2005 - 16 páginas em Skateboard Mag (Junho)
- 2005 - Chris e Zero equipe vencedora Thrasher King of The Road
- 2005 - Destaque na parte final do vídeo Zero "New Blood"
- 2005 - Recebido "Skater Of The Year" da Transworld Skateboarding e Thrasher Magazine
- 2006 - Chris e Zero equipe vencedora Thrasher King of The Road (três vezes em uma linha)
- 2006 - 2 º lugar na éS Game of SKATE
- 2006 - Ouro no X Games, Street
- 2006 - Second pro model shoe "The Ripper"(Fallen
- 2007 - Ouro no X Games, Street
- 2007 - Vencedor do éS Game of SKATE
- 2008 - 3 º lugar no Maloof Money Cup
- 2008 - Chris and Team Regular winning Etnies Goofy vs Regular
- 2008 - Vencedor do éS Game of SKATE
- 2009 - Vencedor de Back To The Berg
- 2009 - Vencedor do Maloof Money Cup ($ 100,000. 00 Prize Money)
- 2009 - Readers Choice Award from Transworld Skateboarding
- 2009 - Vencedor do Dew Tour
- 2009 - Realizado Battle Commander para TheBerrics.com
- 2009 - Won Battle at The Berrics 2 2009
- 2009 - Thrasher Skater of the Year (segundo tempo, 2 ª pessoa a fazer isso depois de Danny Way)
- 2010 - Terceiro pro model shoe "The Hi-Volt"(Fallen)
- 2008 - Bam Margera :Where The #$!% Is Santa?
- 2008 - Fallen: Ride The Sky
- 2009 - Estranho Mundo de Zero
- 2009 - Doozy Wilson Fave's
- 2011 - Anthology - 1996-2006
Esta ai galera um poukin da bibliografia dos 2 melhores skatistas da atualidade!
Equipe In Line!
Skate do Futuro!
Scarpar
O Scarpar Powerboard é um novo conceito de skate, que promete revolucionar o esporte.Sinplesmente porque além do pequeno e potente motor, ele pode andar em literalmente em qualquer terreno.
Os primeiros modelos devem estar a venda apenas em 2010.
Depois disso quem sabe, eles não inventam o primeiro hoverboard ainda antes de 2015, como no filme De Volta Para o Futuro 2.
Opinião Da equipe In Line:
Achamos muito interessante a matéria!
Mais nada vai substituir nossos shapes de madeira e as nossas rodinhas de plásticos!
sexta-feira, 13 de maio de 2011
VIDA SOBRE RODAS
Galera Vida Sobre Rodas é um documentário sobre a trajetória do skate no Brasil contado principalmente sob a perspectiva de quatro nomes que já entraram pra os anais do esporte: Sandro Dias, Bob Burnquist, Lincoln Ueda e Cristiano Mateus. Apesar de ser declaradamente uma homenagem às pessoas que construíram uma história e direcionado aos que gostam de skate, o filme permite leituras além.
A primeira é a organização em tribo dessa turma que data lá do início dos anos 1980. Com as entrevistas do filme, vamos sentindo e entendendo as diversas divisões entre pequenos grupos. Os maloqueiros, os almofadinhas, os pobres que tinham onde cair e os que também não tinham, os que abriram as portas para os gringos. Enfim, dezena de subgrupos que, para um espectador leigo do bê-a-bá do skate, é uma descoberta.
Mesmo porque, em Vida Sobre Rodas, trabalha-se menos com life style (ideia próxima da moda e da propaganda) e mais com o conceito antropológico de tribo (organização por meio de identidades em comum). Cabe dizer que essa estrutura reverbera em qualquer espectador com o mínimo de interesse em comportamento humano.
Tanto que um dos momentos mais interessantes do filme é a proibição fascista de Jânio Quadros, em 1988, do skate na cidade de São Paulo. Sim, policiais saíram à caça dos objetos e lotaram seus camburões com skate apreendidos. Ali, por sinal, existe uma discussão instigante, mesmo que não dita pelos entrevistados: a ocupação do espaço público. Mas, enfim, isso já é tema pra outro filme.
Por optar em se concentrar em tribos, o documentário escrito por Guilherme Keller e dirigido pelo ex-skatista Daniel Baccaro concentra-se em figuras mais conhecidas, aquelas que a História elegeu para registrar em seus autos. Mesmo assim, um punhado de gente que não chegou a um título mundial como Sandro Dias ou tem carta branca nos Estados Unidos como Bob Burnquist estão lá no filme. Os ilustres “desconhecidos”, aqueles que quando se lê um pouco mais sobre a História de qualquer assunto descobre-se.
Novamente, outro aspecto que aparentemente lida com o skate, mas que discute algo comum a grupos. Quantos compositores desconhecidos foram tão bons ou melhores que Donga, que ficou marcado na História como o compositor do primeiro samba, em 1917? Quantos jogadores de várzea poderiam ter se tornado o próximo Neymar? Tem os que ficam e aqueles que só quem conhece muito do metiê já ouviram falar.
Mas, colocando os pés no chão, Vida Sobre Rodas é, em última instância, um documentário sobre a trajetória do skate no Brasil. Ou seja, muitas (!) tomadas de corpos alçando voos impossíveis a bordo de um pedaço de madeira com quatro rodinhas embaixo. Há também entrevistados falando sobre manobras com nomes indecifráveis, graus de rotação, gírias de grupo e por aí vai.
Bem conduzido – especialmente pela montagem esperta de Willem Dias –, Vida Sobre Rodas é prato cheio para amantes do esporte, mas não deixa de ter suas pontas de diálogos com leigos.
A primeira é a organização em tribo dessa turma que data lá do início dos anos 1980. Com as entrevistas do filme, vamos sentindo e entendendo as diversas divisões entre pequenos grupos. Os maloqueiros, os almofadinhas, os pobres que tinham onde cair e os que também não tinham, os que abriram as portas para os gringos. Enfim, dezena de subgrupos que, para um espectador leigo do bê-a-bá do skate, é uma descoberta.
Mesmo porque, em Vida Sobre Rodas, trabalha-se menos com life style (ideia próxima da moda e da propaganda) e mais com o conceito antropológico de tribo (organização por meio de identidades em comum). Cabe dizer que essa estrutura reverbera em qualquer espectador com o mínimo de interesse em comportamento humano.
Tanto que um dos momentos mais interessantes do filme é a proibição fascista de Jânio Quadros, em 1988, do skate na cidade de São Paulo. Sim, policiais saíram à caça dos objetos e lotaram seus camburões com skate apreendidos. Ali, por sinal, existe uma discussão instigante, mesmo que não dita pelos entrevistados: a ocupação do espaço público. Mas, enfim, isso já é tema pra outro filme.
Por optar em se concentrar em tribos, o documentário escrito por Guilherme Keller e dirigido pelo ex-skatista Daniel Baccaro concentra-se em figuras mais conhecidas, aquelas que a História elegeu para registrar em seus autos. Mesmo assim, um punhado de gente que não chegou a um título mundial como Sandro Dias ou tem carta branca nos Estados Unidos como Bob Burnquist estão lá no filme. Os ilustres “desconhecidos”, aqueles que quando se lê um pouco mais sobre a História de qualquer assunto descobre-se.
Novamente, outro aspecto que aparentemente lida com o skate, mas que discute algo comum a grupos. Quantos compositores desconhecidos foram tão bons ou melhores que Donga, que ficou marcado na História como o compositor do primeiro samba, em 1917? Quantos jogadores de várzea poderiam ter se tornado o próximo Neymar? Tem os que ficam e aqueles que só quem conhece muito do metiê já ouviram falar.
Mas, colocando os pés no chão, Vida Sobre Rodas é, em última instância, um documentário sobre a trajetória do skate no Brasil. Ou seja, muitas (!) tomadas de corpos alçando voos impossíveis a bordo de um pedaço de madeira com quatro rodinhas embaixo. Há também entrevistados falando sobre manobras com nomes indecifráveis, graus de rotação, gírias de grupo e por aí vai.
Bem conduzido – especialmente pela montagem esperta de Willem Dias –, Vida Sobre Rodas é prato cheio para amantes do esporte, mas não deixa de ter suas pontas de diálogos com leigos.
Recomendo vcs a Assistirem, um ótimo documentario sobre o skate no Brasil!!
Equipe INLine!
terça-feira, 10 de maio de 2011
Skate "Um novo mundo para NOVATOS!"
Skate leva jovens a um modo de vida peculiar
Altas manobras que emocionam o público, som pesado e um estilo todo peculiar. À primeira vista, revoltados e contra o sistema, mas na verdade tímidos, simpáticos e bons meninos. Alguns são mais aventureiros e optam por não usar os equipamentos de segurança nas manobras realizadas nas ruas e nas pistas de competição. Outros apenas acompanham a turma. A tribo dos skatistas ganha, a cada ano, uma grande quantidade de adeptos, que praticam o esporte radical, frequentam a "comunidade", criam moda, expressões e até ritmos musicais.
Hoje, o skate é o esporte que mais cresce no Brasil, de acordo com dados divulgados por uma pesquisa recente realizada por uma agência de propaganda de São Paulo. Em Curitiba, a tribo dos skatistas é formada por adolescentes e até mesmo crianças, que variam de 5 a 20 anos. Alguns campeões nacionais e um campeão mundial, Ferrugem, são de Curitiba, cidade que está se tornando referência para skatistas.
Parte dessa garotada já participa de competições amadoras e começa a mostrar que podem pensar em uma carreira promissora no esporte. Termina hoje no Paraná Clube, o Campeonato Pop Internet de Skate Amador - final do Circuito Paranaense 2003. As provas finais da competição serão realizadas a partir das 9h, com a premiação acontecendo às 19h. 220 skatistas amadores estão participando do evento, em várias categorias.
No mundo do skate, ou melhor, quando um garoto se torna skatista, ele muda seu modo de vida e passa a usar roupas, ouvir músicas e falar a língua do skate - até mesmo os apelidos da galera são bizarros. Eles vestem roupas largadas - calças e bermudas enormes cheias de bolsos -, tênis grandes com aspecto desleixado, e o indispensável boné. "É um estilo normal. Cada um se veste do jeito que quer. Alguns acabam ficando parecidos, mas a escolha de cada um varia muito", explica Eduardo Aves, de 19 anos. O estudante pratica o esporte desde os 14, por influência dos primos mais velhos.
Outra característica dos skatistas são as preferências musicais, que vão desde o hardcore (rock pesado), passa pelo punk-rock, dá uma volta pelo rap e termina com algo nacional, da preferência pela banda santista Charlie Brown Jr - cujo líder, Chorão, também é skatista. "Na verdade, os estilos de cada grupo variam. Todos gostam dos mesmos sons, usam algo parecido e o mais importante é que gostam do mesmo esporte. Todo mundo está aqui por causa do skate", destaca outro estudante, Jean Carlo, de 16 anos. Ele pratica o esporte há três anos e antes de começar a competir em campeonatos amadores, pegava skate emprestado dos amigos. "Eu pedia emprestado um skate para aprender. Depois, consegui andar e fazer algumas manobras, até chegar nas competições", diz.
Vocabulário do skate
Assim como outras tribos, o pessoal do skate também possui gírias próprias, utilizadas em competições e nas conversas entre os amigos. Algumas são conhecidas, como tá ligado (presta atenção), ou fica esperto (cuidado). Outras são inimagináveis. O que seria uma vaca? Totalmente diferente do uso normal da palavra, ela é usada nas competições de skate para distinguir um tombo no meio de uma manobra. "Se um cara que está competindo, vai fazer uma manobra, se desequilibra e cai, ele é um vaca, um vacilão", diz Cristina Souza, de 20 anos. E o que é vacilão? "É um cara desligado, distraído, que comete erros durante a apresentação da prova. E, ainda tem muitas outras gírias que nós criamos no ato. Nós pensamos em algo e no meio de uma conversa, acaba saindo. Não importa se está certo ou errado, se está no dicionário ou não. Se a turma entendeu, já está valendo", completa a estudante, que faz parte de uma turma de meninas skatistas de Pinhais. Segundo ela, a diversão nos finais de semana continua envolvendo o skate. "Mesmo à noite nós nos reunimos e vamos procurar algum obstáculo que sirva para fazer manobras. Meninos e meninas, todos juntos, atrás de algo que sirva para praticar o skate", afirma.
Proteção
A possibilidade de um tombo e de uma contusão é uma adrenalina a mais para os praticantes de skate. Em grande parte, eles preferem deixar de lado os equipamentos de segurança, joelheiras, cotoveleiras e capacetes, para praticar os estilos "free style" (livre) ou o street (com obstáculos naturais, calçadas, degraus, pequenas rampas), mas sempre arriscando e desafiando os perigos nas ruas da cidade. Diferente das competições profissionais em half pipe (aquela rampa que parece um grande tubo cortado no meio), os competidores do campeonato amador nessa modalidade street, não costumam utilizar as proteções convencionais na prática do skate.
"Nós andamos na rua, e nunca usamos nada para proteger contra alguns machucados. Você acaba ralando o joelho e o cotovelo, mas mesmo assim, não tem importância e nós continuamos fazendo manobras. Nas competições é a mesma coisa. Muito pouca gente acaba usando o equipamento", afirma Anderson William, de 14 anos.
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